Edição especial | 8 de março, dia de luta feminista contra as guerras
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Edição especial | 8 de março, dia de luta feminista contra as guerras
Olá, companheiras de todo o mundo!
O 8 de março é o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Neste ano de 2024, retomamos o sentido internacionalista dessa data para expressar a luta das mulheres pelo fim do genocídio em curso na Palestina. Todos os anos, há mais de um século, nos mobilizamos nesse dia para fazer avançar nas ruas, redes e roçados a luta feminista pela construção de um novo mundo sem racismo, patriarcado, pobreza, fome, guerras e colonialismo. Em todo o mundo, as mulheres constroem a muitas mãos as alternativas concretas para a construção desse mundo de paz que queremos, sem violência, com soberania alimentar e uma economia centrada na sustentabilidade da vida.
Neste dia, nos somamos às vozes de mulheres e de pessoas dissidentes de gênero de todo o planeta que se unem em solidariedade ao povo palestino. O Capire, com a ALBA Movimentos, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP) e o coletivo Utopix, realizou um chamado internacional de cartazes em solidariedade às mulheres palestinas. Esta galeria é o resultado desse chamado, que mostra como a arte é capaz de fortalecer a solidariedade e as alianças internacionalistas. São 44 cartazes de países de todas as regiões do mundo. Confira aqui e acesse o portal Utopix para fazer o download dos cartazes.
E recomendamos também a leitura de conteúdos publicados anteriormente sobre a história dessa data para a luta das mulheres. Recuperamos o 8 de março do ano 2000, uma “data a ser lembrada na história do movimento de mulheres em todo o mundo”. Neste momento, militantes feministas de mais de 50 países se preparavam para o lançamento da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), um movimento global de solidariedade e de resistência das mulheres contra o capitalismo e o patriarcado.
Retomamos as palavras de Nalu Faria sobre o sentido do 8 de março para posicionar um feminismo antissistêmico. Em 2021, Nalu falou que a data mantém o mesmo sentido da sua origem, quando mulheres na Revolução Russa lutavam contra a fome e contra a guerra. Em uma análise que permanece atual, Nalu avaliou que “hoje, no nosso contexto, nossas reivindicações também passam pela luta contra a fome, contra o genocídio, contra todas as guerras, e temos certeza de que seremos milhões na luta em defesa da sustentabilidade da vida”.
Em 2023, Nalu volta a falar sobre o 8 de março, agora a partir da realidade brasileira, em um contexto de retomada da democracia e da superação do governo de ultradireita que esteve no poder no país entre 2019 e 2022. “Estamos fortalecidas para recuperar a democracia, que sempre articulamos com a luta para derrotar o neoliberalismo e construir um projeto de país popular e soberano. Nessa trajetória, fomos protagonistas na resistência à ultradireita e na defesa de uma mudança de projeto, que se expressou em nossa presença nas lutas populares e no voto nas urnas”.
E as origens da comemoração do 8 de março como um dia de luta das mulheres remete à 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas realizada em 1910, em Copenhague, na Dinamarca. Nesse momento, a dirigente socialista alemã Clara Zetkin e outras militantes apresentaram uma resolução com a proposta de instituir oficialmente um dia internacional das mulheres, seguindo o exemplo das socialistas dos Estados Unidos. No artigo Em busca da memória perdida, relembramos esse momento de luta feminista e socialista.
Por último, relembramos a galeria “Memória viva do 8 de março”, que reúne uma pequena amostra da força do 8 de março em todo o mundo. Apresentamos 133 fotos de 44 mulheres de 40 lugares (cidades, territórios, países) que enviaram seus registros fotográficos, tirados em diversos anos.
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